O professor e a tecnologia
O profissional da educação atualmente tem em sua frente um desafio imenso, fazer chegar a mensagem ao educando e fazê-la compreensível, para que o conhecimento aconteça, levando em consideração que conhecimento exige interação, relação e provoca transformação. Mas como fazer isso diante de uma geração que podemos chamar de “nativos virtuais”?
Quase todos os dias somos informados do surgimento de novas tecnologias. Na sala de aula os professores lutam chamando a atenção para seus conteúdos, contra as atrações que estão nas mochilas, nos bolsos e nas mãos dos educandos. E é importante destacar que é uma luta desigual e profundamente injusta. De um lado o professor com seu pincel, seu diário e seu livro surrado, permeado de boa vontade e de pressões para que o programa seja cumprido, do outro lado estão os ipods, MPs, smartphones, celulares, e-books e tantas outras fabulosas tecnologias que são de fato bem mais atraentes, e trazem armazenadas, sejam em cartões de memória, pendrives ou nos próprios aparelhos, informações essas, tão numerosas que todo o acervo da biblioteca escolar ainda não preencheria os gigabytes de armazenamento que podem ser segurados nas pontas dos dedos dos nossos “nativos virtuais”.
Tecnologia educaional |
Tecnologia Educacional |
Tecnologia Educacional |
Temos as ferramentas, porém, saber utilizá-las e adequá-las às nossas práticas é o grande desafio. Não aprendemos isso na faculdade, não nos ensinaram a inserir nossos conteúdos no contexto tecnológico, porém, é algo que precisamos de fato perceber e fazer acontecer, em vista do objetivo da nossa vocação educativa, o de fazer acontecer o conhecimento.
Celular - Tecnologia |
Tecnologia Educacional |
Surge outro grande problema, no contexto tecnológico em que constatamos a quantidade de informações são tão diversificadas que o educador precisa ajudar ao educando a discernir entre aquilo que é de fato importante e que gera conhecimento e as futilidades que são despejadas constantemente nas telinhas das máquinas. Como ajudar o educando a escolher bem, saber filtrar as informações que recebem constantemente e a aproveitar ao máximo aquilo que é importante e gera conhecimento?
Portanto, voltemos a questão inicial, ou assumimos definitivamente que precisamos adequar nossos conteúdos, nossos planos e nossa didática às novas tecnologias e utilizá-las como ferramentas para fazer chegar de fato a mensagem que queremos, provocar mudanças através do conhecimento ou vamos continuar olhando para os resultados com ar de frustração e sem conseguir prender a atenção dos educandos durante os quarenta e cinco minutos que tempos dentro de uma sala de aula.
Demóstenes Monteiro Coelho
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