pinguins em festa |
Quase todo mês tem install fest, ou festa de instalação de Linux. Elas surgem de forma pulverizada, de norte a Sul do país, e levam a cultura do software livre para além dos redutos técnicos, articuladas com ações de inclusão digital.
Install fest quer dizer festa (ou festival) de instalação e é quase impossível navegar entre as comunidades de software livre (SL) sem ouvir falar delas. As festas surgem espontaneamente, por iniciativa de ativistas, em universidades, organizações não-governamentais, entidade comunitárias.
O principal objetivo das install fests é espalhar a cultura do software livre. Nelas, técnicos e programadores voluntários ficam à disposição do público para instalar, nos comutadores de quem queira, destruições Linux – Ubuntu, Kurumin, Debien, Suse, Mandriva, Slackware, Fedora, entre outros pacotes de aplicativos para sistemas abertos. As pessoas levam de casa seus equipamentos, apenas a CPU, às vezes, com teclado e mouse, mas sem monitor, e, ao lado do voluntário, acompanham a instalação do sistema na máquina. A participação nas install fests é aberta e gratuita. É recomendável, contudo, fazer inscrição prévia, geralmente por meio de sites na internet, para que os organizadores possam dimensionar o número de voluntários mobilizados, de acordo com o total de participantes e máquinas.
A forma de organizar uma install fest reflete o próprio modelo de desenvolvimento do software livre. É descentralizada, colaborativa, eclética. Um coordenador de telecentro pode resolver fazer uma install fest na sua comunidade, como aconteceu na Casa Brasil de Guarulhos (SP), no início de março. Ou a iniciativa pode vir de um grupo de profissionais de informática, como no caso da Tritec, empresa júnior da Unicamp, que participou do FliSol em Florianópolis (SC). É um espaço onde o especialista tira dúvidas sobre plataformas que ainda não domina; e onde o usuário leigo descobre como mexer no básico do software, podendo substituir, sem custos de serviço, uma cópia pirata de um programa proprietário por uma plataforma livre e legal. E onde se articula a tecnologia com programas de inclusão digital.
Demóstenes Monteiro Coelho
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