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domingo, 17 de abril de 2011

A gravidez na adolescência


Vários fatores contribuem para agravar a problemática da gravidez na adolescência que já é crítica para o país. Além da desestrutura familiar, a falta de uma educação sexual eficaz, sem moralismos e direcionada a uma juventude que anseia com aventuras, liberdade e está inserida num contexto social materialista, cercada por uma cultura cada vez mais liberal e hedonista.
Por um lado a sociedade motiva, com seus apelos eróticos, a iniciação sexual cada vez mais precoce, no entanto, não oferece suporte na área da educação, orientação e acompanhamento preventivos, para essa juventude que quer inevitavelmente descobrir e explorar suas potencialidades, e a sexualidade torna-se mais que uma força motriz para tais conquistas. 

É lamentável que as conseqüências para dados tão alarmantes, cujos indicadores apontam mais de 20% de bebês nascidos no Brasil, filhos de mães adolescentes com menos de 18 anos. Nutrindo exponencialmente a desigualdade social que já é gritante nesse país de injustiças e que não descobriu ainda priorizar a educação.
Somente com campanhas preventivas em todo o Estado brasileiro, começando nas escolas e estendendo-se pelos meios de comunicação em massa, alertando e prevenindo desde um conscientizador planejamento familiar, como no uso sadio da sexualidade, sem deixar de lado o respeito à vida e o zelo pela dignidade humana. Poder-se-ia esperar uma gradativa diminuição de algo tão pernicioso para jovens, que iniciaram seus sonhos, suas metas e com a surpresa de uma gravidez indesejada arrasou-lhes implacavelmente suas perspectivas, resultando em abandono, preconceitos, abortos e aumento inconseqüente da marginalização no país.
As autoridades brasileiras precisam sair da letargia em que se encontram e voltarem seus cuidados, para um bem precioso para uma nação, uma juventude que corresponda no futuro, por meio da educação, a promoção de uma sociedade mais justa e próspera. 

A desinformação e a fragilidade da educação sexual são também questões problemáticas. As escolas e os sistemas de educação estão muito mais preocupados em dar conta das matérias cobradas no vestibular, como: física, química, português, matemática, etc., do que em discutir questões de cunho social. Dessa forma, temas como sexualidade, gravidez, drogas, entre outros, ficam restritos, quase sempre, aos projetos, feiras de ciência, semanas temáticas, entre outras ações pontuais. Os governos, por sua vez, também se limitam às campanhas esporádicas. Ainda assim, em geral essas campanhas não primam pela conscientização, mas apenas pela informação a respeito de métodos contraceptivos
 

A adolescência é uma fase bastante conturbada na maioria das vezes, em razão das descobertas, das ideias opostas às dos pais e irmãos, formação da identidade, fase na qual as conversas envolvem namoro, brincadeiras e tabus. É uma fase do desenvolvimento humano que está entre infância e a fase adulta. Muitas alterações são percebidas na fisiologia do organismo, nos pensamentos e nas atitudes desses jovens.
A gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento do embrião na mulher e envolve várias alterações físicas e psicológicas. Desde o crescimento do útero e alterações nas mamas a preocupações sobre o futuro da criança que ainda irá nascer. São pensamentos e alterações importantes para o período.
Adolescência e gravidez, quando ocorrem juntas, podem acarretar sérias consequências para todos os familiares, mas principalmente para os adolescentes envolvidos, pois envolvem crises e conflitos. O que acontece é que esses jovens não estão preparados emocionalmente e nem mesmo financeiramente para assumir tamanha responsabilidade, fazendo com que muitos adolescentes saiam de casa, cometam abortos, deixem os estudos ou abandonem as crianças sem saber o que fazer ou fugindo da própria realidade.

O início da atividade sexual está relacionado ao contexto familiar, adolescentes que iniciam a vida sexual precocemente e engravidam, na maioria das vezes, tem o mesmo histórico dos pais. A queda dos comportamentos conservadores, a liberdade idealizada, o hábito de “ficar” em encontros eventuais, a não utilização de métodos contraceptivos, embora haja distribuição gratuita pelos órgãos de saúde públicos, seja por desconhecimento ou por tentativa de esconder dos pais a vida sexual ativa, fazem com que a cada dia a atividade sexual infantil e juvenil cresça e conseqüentemente haja um aumento do número de gravidez na adolescência.
Para muitos destes jovens, não há perspectiva no futuro, não há planos de vida. Somado a isso, a falta de orientação sexual e de informações pertinentes, a mídia que passa aos jovens a intenção de sensualidade, libido, beleza e liberdade sexual, além da comum fase de fazer tudo por impulso, sem pensar nas consequências, aumenta ainda mais a incidência de gestação juvenil. 

É importante existir diálogo familiar, sem tabus, moralismos e preconceitos, pois, é um fato, os adolescentes precisam de uma atenção especial, de um olhar cuidadoso. A família e a escola precisam trabalhar em parceria, para conduzir da melhor forma possível, a educação nessa fase tão complexa que é a adolescência, pois, além dos hormônios, que nessa etapa afloram causando as mais diversas mudanças no adolescente, outros assuntes preocupam e permeiam as mentes dos jovens: a escola, vestibular, profissão, etc.





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Demóstenes Monteiro Coelho

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